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Por que Tudo é Mais Barato no Paraguai?

O Segredo Revelado

Publicado em 10/10/2025
Foto de Capa do post Por que Tudo é Mais Barato no Paraguai?

Quem já cruzou a Ponte da Amizade sabe: basta atravessar alguns metros e os preços mudam completamente.
Smartphones, perfumes, bebidas, eletrônicos e até brinquedos parecem de outro mundo — tudo mais barato.
Mas afinal, por que essa diferença de preços entre o Brasil e o Paraguai é tão grande?

A resposta envolve impostos, logística e até cultura de consumo.

 1. Impostos: o principal fator da diferença
 

O maior responsável pela diferença de preços é o sistema tributário brasileiro.
No Brasil, produtos importados passam por uma cadeia de impostos altíssima:

-Imposto de Importação (II)

-ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços)

-IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados)

-PIS e COFINS
 

Somados, esses tributos podem elevar o preço final em até 80% sobre o valor original do produto.
Já no Paraguai, a tributação é muito mais simples e leve: o imposto sobre importação gira em torno de 10%, e muitos produtos entram por regimes especiais de incentivo fiscal.
 

 Em resumo: o que o Brasil cobra em imposto, o Paraguai devolve em competitividade.

Simulação de preço: iPhone 15 Pro (256GB) – Brasil x Paraguai

 

 Brasil

Preço de fábrica (EUA) - US$ 999

Frete internacional e seguro - +US$ 40

Custo base de importação - US$ 1.039

 Impostos e encargos

Imposto de Importação (II) - 20% = +US$ 208

IPI (Produtos Industrializados) - 15% = +US$ 156

PIS e COFINS - 9,65%=+US$ 100

ICMS (Imposto Estadual, média nacional) - 18%= +US$ 216

Total de impostos diretos - +US$ 680 (≈ 65%)

 Além disso, ainda há:

Custos logísticos internos (transporte, armazenamento, seguro): +US$ 30

Margem da distribuidora e do varejo (média): +US$ 150

🔹 Preço final ao consumidor no Brasil: US$ 1.899 = R$ 9.500

Paraguai
 

Imposto de Importação - 10% = +US$ 104

IVA (Imposto sobre Valor Agregado) - 10% = +US$ 104

Total de impostos diretos +US$ 208 (≈ 20%)

 Custos adicionais:

Logística e frete local: +US$ 20

Margem da loja (geralmente menor): +US$ 100

🔹 Preço final ao consumidor no Paraguai: US$ 1.360 = R$ 6.800

Em números reais (conversão direta)

iPhone 15 Pro (256GB)

🇵🇾 Paraguai: U$ 1.360 x R$ 5,00 = R$ 6.800

🇧🇷 Brasil: U$ 1.899 x R$ 5,00 = R$ 9.495

💰 Economia média: R$ 2.700 por unidade
 

 2. Custos logísticos e operacionais mais baixos
 

Além dos impostos, o custo para manter um negócio no Brasil é muito maior.
Empresas brasileiras lidam com:

-Carga tributária sobre folha de pagamento;

-Burocracia para abrir e manter uma empresa;

-Custos elevados de transporte e energia;

-Obrigações trabalhistas complexas.

No Paraguai, o cenário é bem diferente:

A energia elétrica é uma das mais baratas da América do Sul (graças à Itaipu Binacional);

A burocracia é menor;

O frete internacional é mais simples e rápido, especialmente via portos do Chile e Argentina.

Tudo isso contribui para que o preço final ao consumidor seja muito menor.
 

3. Zona de fronteira e incentivos ao comércio
 

Ciudad del Este é considerada uma zona franca comercial — um modelo criado justamente para incentivar o turismo de compras.
As lojas têm benefícios fiscais e podem importar grandes volumes com impostos reduzidos, repassando o desconto direto ao cliente.

Além disso, o comércio de fronteira é voltado quase totalmente para o consumidor estrangeiro, especialmente o brasileiro, o que cria uma dinâmica de concorrência forte e preços agressivos.
 

 4. Câmbio e poder de compra
 

Outro ponto importante é o câmbio.
Mesmo com o dólar oscilando, o real ainda tem bom poder de compra no Paraguai.
Quando o câmbio está favorável, os preços ficam ainda mais atrativos — e o movimento nas lojas dispara.

Por isso, muitos brasileiros aproveitam quedas do dólar para comprar eletrônicos, perfumes, bebidas e até produtos de luxo.
 

 5. Cultura de consumo e volume de vendas
 

O Paraguai tem uma economia voltada ao atacado e turismo de compras.
As lojas de Ciudad del Este vendem em grande volume, o que permite negociar preços mais baixos com fornecedores internacionais.

Enquanto no Brasil as lojas trabalham com margens maiores e menos flexibilidade, no Paraguai a competitividade é diária — o cliente compara, pesquisa e decide na hora.

 E quanto mais gente compra, mais os preços caem.
 

🚫 Mas atenção: nem tudo é vantagem

Apesar dos preços baixos, é importante lembrar que:

Produtos devem ser originais e com nota fiscal;

limite de valor para entrada no Brasil (cota de US$ 500 por pessoa);

Produtos como pods, medicamentos sem receita e receptores de TV não homologados são proibidos.

Com informação e planejamento, dá pra aproveitar ao máximo — sem dor de cabeça na volta.
 

A diferença de preços entre o Brasil e o Paraguai não é mistério: ela nasce de um sistema tributário mais leve, custos operacionais menores e uma economia voltada ao turismo de compras.

O resultado é uma experiência única: produtos de qualidade, preços atrativos e uma atmosfera vibrante que faz de Ciudad del Este um dos destinos de compras mais conhecidos da América do Sul.
 

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